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Jornal A Gazeta do Acre

TRANSPORTE PÚBLICO OU COLETIVO

Transporte público ou transporte coletivo é um meio de transporte fornecido por empresas públicas ou privadas onde numa cidade é providenciado o deslocamento de pessoas de um ponto a outro dentro da área dessa cidade. As áreas urbanas de médio e grande porte geralmente são dotadas de algum tipo de transporte coletivo seja administrado pela prefeitura local ou através de concessão de licenças muitas vezes subsidiadas.

O transporte coletivo urbano é fornecido principalmente para servir àqueles que não possuem meios de adquirir um veículo para sua locomoção e precisam percorrer longas distâncias até o seu local de trabalho e também para diminuir a poluição que esses carros provocariam.

O transporte coletivo iniciou-se em 1662 na França, criado por Pascal e funcionou por 15 anos até o Parlamento restringir o uso apenas àqueles que tivessem “condições” já que a tarifa foi aumentada de cinco para seis centavos.

Em 1826, 150 anos depois, foi retomado o conceito de transporte público com a criação do ônibus por Baudry, também na França, seguindo os mesmos critérios definidos por Nantes que, aliás, são adotados até hoje pelos mais modernos sistemas de transporte público, isto é, rotas pré-definidas, cada passageiro paga pelo seu lugar, a área da cidade subdividida em setores, caso mude de setor deve pagar nova passagem.

Em 1863 foi inaugurada a primeira linha de metrô em Londres. Paris inaugurou metrô em 1900. Lisboa em 1959 e São Paulo em 1974.

O sistema de transporte coletivo precisa ser muito bem planejado para que se tenha melhor eficiência fazendo com que o usuário troque o mínimo possível de rota até chegar ao seu destino ou percorra a menor distância e ser economicamente viável tanto para o usuário quanto para o operador.

Quando o passageiro precisa mudar várias vezes de composição para chegar ao seu destino ou obrigatoriamente precisar descer num determinado ponto comum, como um terminal urbano, para tomar outra unidade para continuar a sua viagem, torna-se difícil, oneroso e muito demorado fazendo com que esse usuário acabe optando por outro tipo de transporte.

Pela minha experiência, não se consegue melhorar um sistema se não o conhecer integralmente, isto é, fazer algumas viagens nos coletivos em várias rotas e ver de perto as dificuldades, satisfações/insatisfações dos usuários, que tipo de problema o operador enfrenta no dia a dia, se o percurso definido está satisfatório, tempo de viagem, distância percorrida pelas composições entre outras coisas.

Existem vários fatores que contribuem para o melhor atendimento aos usuários como a idade da frota, tarifa mais acessível, subsídio, gratuidades etc.

Cada vez mais são adotados os sistemas que segregam os coletivos para que esses desenvolvam uma velocidade homogênea diminuindo, assim, o tempo de viagem e fazendo com que os usuários deixem seus automóveis em casa e como conseqüência, contribuindo para preservação do meio ambiente. Construindo também pequenos terminais de integração para que o passageiro pague somente uma tarifa minimizando seu custo, tempo de viagem e aumentando sua satisfação e conforto.

Existem alguns locais onde foram implantados sistemas que deram muito certo como Curitiba no Estado do Paraná e Bogotá capital da Colômbia que são citados freqüentemente como exemplo de que o transporte publico pode sim ser eficiente com nível de satisfação e conforto acima do esperado e fazer com que muitos usuários deixem seus automóveis em casa.

A política adotada pelo Município e pelo Estado, também tem influência significativa na melhoria ou não do sistema de transporte coletivo. Por fim, citando a velha máxima de que se não houver “vontade política” de nada adianta fazer estudos e/ou levantamentos, visto que irão acabar amarelando na gaveta de alguém.

mn@naganuma.com.br

Twitter: @mtnaganuma

 

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