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Jornal A Gazeta do Acre

TRANSPORTE FLUVIAL NA AMAZÔNIA OCIDENTAL

Hoje 23/03, é dia do Optometrista, profissional independente da área da saúde, com formação superior, habilitado a examinar e avaliar o sentido da visão, especializado em diagnosticar e compensar, através de artefatos ópticos, alterações visuais de origem não patológica melhorando o desempenho visual dos pacientes (wikipedia).

A história da humanidade mostra que a navegação fluvial sempre esteve presente com a utilização dos rios para o transporte de cargas e passageiros. Mesmo nos países desenvolvidos onde a rede de transporte terrestre é bastante desenvolvida, o transporte fluvial é de extrema importância como complemento e acesso a determinados locais. Por esse motivo, o transporte fluvial desses países é desenvolvido, moderno e eficiente mostrando evolução e modernização tecnológica nas embarcações, antes rústicas e movidas a vapor.

Esse modal de transporte tem seu lado positivo que é de baixo custo, por esse motivo o ferroviário não o substitui com exceção dos locais impróprios para a navegação fluvial. Nos locais próprios, facilmente substitui o transporte rodoviário exatamente pela economia proporcionada e por ser menos poluente com capacidade muito maior de deslocar cargas e passageiros.

Na Amazônia, com área de aproximadamente 3.900.000 km² e 23.000 km de rios navegáveis, essa modalidade é bastante explorada com eficiência graças às recentes modernizações introduzidas.

Fazem parte dessa área os Estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará, Amapá e norte do Mato Grosso tendo como principais rios navegáveis os Rios Amazonas, Solimões, Juruá, Tefé, Purus, Madeira, Negro, Branco, Acre, Tapajós, Teles Pires, Xingu, Trombetas, Jarí, Guaporé, Guamá, Capim e Pará.

É incontestável a importância da navegação fluvial como o principal apoio de sustentação e de desenvolvimento da economia amazônica e o seu caráter estratégico no contexto econômico e social.

Torna-se estratégico porque é básico para a cadeia produtiva, que sem a navegação fluvial esse processo é estrangulado pela falta de outras alternativas de transporte sendo o apoio principal de sustentação e de desenvolvimento da economia amazônica.

É essencial porque sem ela não existiria o Polo Industrial de Manaus, proporcionando o escoamento de sua produção e transporte dos insumos necessários para a produção.

Analisando pelo lado econômico, ela é o suporte de toda a atividade produtiva, eficiente, baixo custo, competitivo internamente e fora do estado. Por ter disponibilidade a produção chega ao mercado consumidor com preços competitivos e confiáveis, podendo até interferir nas políticas econômicas do governo.

 

O impacto social é bastante significativo por atender o direito fundamental da população ribeirinha, oferecer acesso aos bens e produtos em condições dignas, custos compatíveis com seu poder aquisitivo levando em conta que é a região de mais baixa renda do país, gerar emprego aos fluviários e pessoal operacional das empresas de navegação e estaleiros de construção e reparo naval, gera atividades portuárias da pesca e do turismo fluvial e de pesca. Estima-se que cerca de 100 mil famílias vivem diretamente da atividade fluviária.

 

São quatro os sistemas de navegação; 1º-micro transportador, 2º-barcos de linha, 3º-transportadores de petróleo e derivados, 4º-comboios, balsas e empurrador.

O modal Rô-Rô caboclo, (Ro-Ro, é a abreviação em inglês do roll on-roll off, que significa o modo como as cargas são embarcadas e desembarcadas, isto é, rolando para dentro e rolando para fora das embarcações) é o nome que se dá ao transporte de carretas carregadas por balsas de fundo chato movidas por empurradores. Para se ter uma noção, a carreta viaja 2.950 km de São Paulo-SP até Belém-PA onde, com destino a Manaus-AM, a carreta é embarcada no modal Rô-Rô Caboclo completando a viagem de mais 1700km pelo rio Amazonas.

Esse modal transporta, em média, 30 carretas (sem o cavalo). Considerando que estão em operação 200 balsas, são 180.000 carretas/ano, 5.040.000 toneladas/ano e 16.200.000 toneladas/m³/ano. É um modal fantástico que, com a expansão da ferrovia América Latina Logística (ALL), a viagem acima de 2950 km vai se resumir em 950 km via Mato Grosso. (dados – Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ)

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