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Jornal A Gazeta do Acre

ROTATÓRIAS E SEMÁFOROS

Hoje dia 15/11/2014, é o Dia da Proclamação da República do Brasil (1889), Dia do Joalheiro, Dia do Esporte Amador, Dia Nacional da Umbanda.

Existe uma polêmica muito grande com relação à colocação de semáforos em determinados locais e como consequência a sincronização delas.

 

Essa sincronização não é uma tarefa simples de ser implementada como a maioria dos usuários imagina que seja. São necessários equipamentos modernos que permitam a interligação de todos os semáforos de uma mesma via, com um só controlador ou que, pelo menos, “conversem” entre eles para que a tal da  “onda verde” funcione.

 

De nada adianta investir em equipamentos modernos, montagem de dispendioso Centro de Controle Operacional (o famoso CCO), monitoramento por câmeras via cabo de fibra ótica ou frequência usada pelo telefone celular etc. se não houver, por trás disso tudo, uma grande estrutura de EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO e usá-la para tal fim e também ser integrada ao órgão de segurança local.

Caso seja determinado que a velocidade da via com a “onda verde” seja de 50 km/h e alguns usuários andem a 30, 40 km/h atrapalhando quem deseja usufruir o instituído ali, todo investimento e esforço do órgão responsável foram em vão, porque o congestionamento vai continuar ou até piorar caso a EDUCAÇÃO não estiver funcionando a contento.

Usei a palavra polêmica no início do texto. Polêmico porque o mundo está estudando a melhor forma de eliminar o semáforo em determinados locais para melhorar a fluidez enquanto que aqui no nosso país, o estudo é feito para colocar semáforos. Pura falta de informação.

Entre várias alternativas, a mini-rotatória seria uma grande solução para manter o fluxo em movimento contínuo minimizando o tempo, combustível e poluição.

A mini-rotatória foi adaptada para a realidade da cidade de São Paulo por um técnico em trânsito da Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo – CET-SP em dezembro de 1979, meu amigo Antonio Sérgio Barnabé conhecido simplesmente como Barnabé. Com muita luta e ajuda de superiores que compraram a sua idéia, conseguiu colocar em prática sua “adaptação” que hoje é largamente utilizada em todo o Brasil. Eu disse com muita luta? Sim. É isso mesmo. Opositores não faltaram e não faltam até nos dias de hoje. Aqueles que são ferrenhos defensores da colocação dos semáforos onde não há necessidade real, pois esses são os que não conhecem a realidade das ruas onde estão colocando esses sinalizadores, mas se consideram “deus” na matéria (minúsculo, pois esse deus não é o nosso Deus), mas não sabem absolutamente nada do dia a dia dos condutores e pedestres e insistem em coloca-los para piorar a vida dos usuários. Esses são aqueles que estão com o “osso na boca” há mais de 30 anos e não querem largá-lo por nada nesse mundo e se sentem ameaçados por qualquer pessoa que queira inovar.

Deixo o link http://www.youtube.com/watch?v=PGeDCQczjoI onde o Barnabé postou um pequeno filme onde mostra os benefícios da mini-rotatória. Parabéns ao nosso querido Barnabé. Logo estarei escrevendo mais algumas de suas peripécias.

Existem vária cidades no nosso país que utilizam as rotatórias há muito tempo como Florianópolis – SC, Rio Branco – AC, Brasília – DF entre outros. Nas cidades em que a rotatória já é usual, a população conhece a regra que nada mais é do que quem já está dentro da rotatória tem a preferência, salvo alguma sinalização que diga o contrário.

Numa cidade como São Paulo – SP, onde o planejamento público não conseguiu acompanhar o crescimento desordenado, quando se deram conta os grandes bairros com loteamentos fora de padrão já estavam instalados sem ter o que fazer para melhorar a fluidez do trânsito que a cada dia aumentava a não ser desapropriar para construção das vias arteriais. Desapropriações sempre são onerosos aos cofres públicos e quase sempre trazem aborrecimentos para ambas as partes.

Em decorrência disso, em locais que são potenciais polos geradores de tráfego, instalam semáforos com estudos superficiais trazendo grande aborrecimento àqueles que residem ou frequentam esses locais.

Em certos bairros, o cidadão, nas primeiras horas do dia útil quando todos saem para o trabalho, chega a ficar de dez a quinze minutos para conseguir sair do prédio onde reside. Talvez por causa de um semáforo inútil ou sem a devida sincronização.

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