Categorias
Jornal A Gazeta do Acre

CUIDADO COM AS CALÇADAS DAS CIDADES

Hoje dia 31/05/2014, é o Dia da Internacional do Comissário de Bordo, Dia Mundial do Combate ao Fumo, Dia da Juventude Luterana do Brasil, Dia do Seresteiro e Dia da Visitação de Nossa Senhora (Igreja Católica).

Na grande maioria das cidades brasileiras, a preocupação sobre mobilidade urbana não deveria se limitar ao transito caótico ou ao transporte público precário.

Pouco se falam das calçadas das cidades com reportagens pontuais mostradas por algum veículo de comunicação em reportagens tímidas e sem nenhuma cobrança mais enfática para que sejam melhoradas as calçadas.

Existem as iniciativas bem tímidas por parte de estudantes de publicidade, jornalismo, arquitetura e urbanismo como a que aconteceu em São Paulo, em 2012, motivado por seis jovens estudantes batizado como Curativos Urbanos intervindo de modo diferente nas calçadas de São Paulo e Rio de Janeiro.

O objetivo do projeto foi conscientizar a população e o poder público a respeito da situação precária em que se encontram as calçadas dificultando a locomoção e causando acidentes, muitas vezes de proporções graves.

Na cidade de São Paulo, a reação das pessoas, foi, no mínimo, curiosa. Os curativos foram feitos na Av. Paulista e ruas adjacentes. Monitorando os locais, foram constatados que por serem coloridos e bonitos (na forma de BAND-AID), alguns pedestres descolaram e o levaram para casa e outros, por falta de conhecimento, foram varridos pelos garis e colocados no lixo. Já outros descolaram onde estavam e colaram em outros locais que eles consideraram mais perigosos. Pelo olhar dos estudantes, as pessoas que deslocaram os curativos, entenderam a proposta. Resta saber se o poder público entendeu o recado.

A grande conquista do grupo foi, no entanto, a repercussão da ação que gerou reportagens em vários veículos de comunicação e discussões em rodas de amigos despertando, assim, um olhar mais apurado do poder público para o assunto.

É vergonhoso constatar que algumas cidades, sequer tem calçadas. Já que a responsabilidade da construção e manutenção das calçadas é do proprietário do imóvel, alguma coisa está errada, pois em algumas localidades a rua passa rente ao portão das residências. Alguém, nesse caso, está errando na construção. Ou a rua está fora de padrão ou o proprietário do terreno invadiu a parte reservada para a calçada.

De qualquer forma, falta fiscalização e a medida que o tempo passa, o provisório acaba sendo definitivo e quando se faz necessária a regularização acaba se tornando um embate jurídico pelo tempo decorrido e aí prevalece a força do poder público que precisa resolver a situação por causa do crescimento, avanço e modernização da cidade e dependendo do caso, vai onerar o erário público, pois haverá a necessidade da desapropriação seguido da indenização que esse ato requer, em pelo menos 90% dos casos.

As grandes metrópoles são os alvos mais constantes por causa do grande número de pessoas circulando e como consequência, a probabilidade de acidente é proporcionalmente maior, sendo maior também a deterioração do calçamento.

É comum verificar que em ruas muito íngremes, a calçada se torna uma escadaria com imensos degraus intransponíveis tamanha a altura (algumas ultrapassam os 0,80m). Isso acaba se tornando um problema não só de mobilidade humana não motorizada, mas de trânsito em si.

Os pedestres acabam arriscando a sua vida em detrimento das calçadas que são totalmente intransitáveis e são obrigados a substituí-los pelas ruas aterrorizando os condutores que por ali passam, levando um susto ao deparar com transeuntes pela rua, com grande probabilidade de provocar acidentes, o que está se tornando cada vez mais comum nas cidades com um trânsito mais pesado principalmente em tempo chuvoso e à noite.

É louvável que o poder público se preocupe com as pistas de rolamento para melhorar a fluidez do trânsito e com isso diminuir os acidentes provocados por veículos com tração animal ou motorizados. A fiscalização deveria se estender também para as construções irregulares.

Chamamos a atenção para que voltem os olhos para as calçadas numa tentativa de diminuir as dificuldades de locomoção daqueles que os já tem, para que estes não passem a fazer parte das inúmeras estatísticas existentes.

www.naganuma.com.br        mn@naganuma.com.br    Twitter – @mtnaganuma

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *