Categorias
Jornal A Gazeta do Acre

BICICLETA NO CENTRO URBANO

Dia 09/01/2016 é o Dia: do Astronauta, do Fico, da Santa Marciana, do Santo Adriano, de São Félix, de São Pedro Sebaste, de São Vidal, do Terapeuta Ocupacional.

O mundo está voltado para a redução da poluição e do aquecimento global com vários segmentos criando e estudando alternativas para minimizar o problema que aparentemente é causado pela liberação de gases que causam a polêmica estufa. Particularmente acho que as alterações climáticas que vêm acontecendo é cíclico, como alguns cientistas já tentaram provar e por motivo “desconhecido” caíram no esquecimento. Em vista disso, cresce vertiginosamente a opção e inclusão da bicicleta na mobilidade sendo que alguns países estão com projeto para construir rodovias exclusivas para elas.

A bicicleta é um modo de transporte alternativo para curtas e médias distâncias e se integrada aos outros modais permite alcançar destinos variados conforme o tamanho e topografia da localidade. Além de favorecer a saúde, bem estar e meio ambiente, reduz custos nos deslocamentos e agrega outros fatores que contribuem na democratização do uso da via pública, seja ela urbana ou não.

Para se implantar ciclovias e/ou ciclo faixas para o uso cotidiano, é necessário conhecer o perfil dos usuários desse tipo de transporte e os fatores mais representativos que o influenciou na escolha da bicicleta como meio de transporte para poder integrá-lo aos outros modais existentes. Necessário se faz a aplicação de questionários junto aos usuários do transporte coletivo sobre pneus e sobre trilhos e, ainda, consulta ao órgão de trânsito e transporte para mensurar o volume de ciclistas que passam nas áreas que estão sendo estudadas. Feito isso, é preciso separar os ciclistas regulares e os eventuais somados aos não ciclistas e submetê-los à análise dos especialistas em trânsito e transporte público coletivo.

Nos grandes centros como a cidade de São Paulo, Rio de Janeiro e outros, o fator negativo para esse tipo de transporte é o trânsito rápido, perigoso e denso tanto para o usuário eventual como para o regular. Já, em outras localidades, o fator preponderante para o não uso da bicicleta é a topografia que impede totalmente o seu uso devido ao grande desnível do local, contando com declive (descida) e aclive (subida) bastante acentuados.

Um exemplo de cidade totalmente favorável ao uso da “bike” é a cidade de Rio Branco, capital do estado do Acre por ter uma topografia privilegiada sem muitas subidas ou descidas que impossibilite o uso desse tipo de transporte. O transporte coletivo feito por ônibus não consegue atingir grande parte da cidade, e por ter ruas estreitas, ela se concentra basicamente nas vias arteriais (grandes avenidas com cruzamentos controlados por semáforos e que permite o trânsito dentro das regiões da cidade) e nas vias coletoras (aquela que coleta e distribui o trânsito das arteriais e vias rápidas que também possibilita o trânsito entre as regiões da cidade). Antes mesmo de começar a ter problemas de congestionamentos, Rio Branco já tinha, aproximadamente, 60 km de ciclo faixas implantadas por causa do grande número de usuários de bicicletas existente no local (meados de 2006). A partir de então, o Plano Diretor do Município redefiniu as regras de acordo com os critérios de segurança a esse tipo de usuário e tem aumentado, consideravelmente, as ciclo faixas e melhorado as vias locais, facilitando, assim, o trânsito das bicicletas pelos bairros onde não é possível a passagem do transporte público coletivo feito por ônibus.

Na cidade de São Paulo, a maior metrópole do país, estão sendo implantadas ciclo faixas mais com a finalidade de lazer onde uma faixa é segregada com pintura diferenciada (vermelha) e com cones nos finais de semana e feriados para que os habitantes da cidade possam pedalar livremente sem se preocupar com os automóveis. Alvo de críticas daqueles que não pedalam, pois com essa segregação, o trânsito que antes (da ciclo faixa) era bastante tranquilo nos finais de semana e feriados, com a implantação dessa medida, quase que se torna o mesmo trânsito dos dias úteis.

A implantação das ciclovias na cidade de São Paulo têm sido alvo de duras críticas por, aparentemente, estar sendo executadas sem o devido planejamento para a possiblidade de transitar por elas. Em alguns trechos de determinados bairros é humanamente impossível pedalar por causa da inclinação da rua ou por causa da má conservação do local onde foi implantada a ciclovia.

www.naganuma.com.br    mn@naganuma.com.br    Twitter – @mtnaganuma

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *