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Jornal A Gazeta do Acre

AUMENTO DO CONSUMO DOS COMBUSTÍVEIS

Hoje dia 01/08/2015 é o Dia: Nacional do Selo Postal Brasileiro, do Cerealista, do Santo Afonso Maria de Ligório, lembrando que dia 06/08/2015 é o dia que marca o início da Revolução Acreana.

As distribuidoras de combustíveis associadas ao Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (BR, Ipiranga, Raízen e Ale) fecharam o ano de 2012 com investimento de mais de R$ 1 bilhão em infraestrutura para a distribuição de combustíveis e derivados e esperam solucionar, por ora, o gargalo logístico que vem ficando maior nos últimos anos por causa do crescimento do consumo do produto em todo o país.

Valor três vezes maior do que foi investido em 2009, segundo Alisio Vaz presidente executivo do Sindicom.

O Brasil, de exportador passou a ser importador, por causa da demanda por combustíveis em ritmo acelerado, principalmente na última década que está provocando grandes gargalos no abastecimento do produto em todo o território nacional.

Segundo a Folha de São Paulo (12/12/2012), as maiores altas na venda de combustíveis no país foram: Amapá: gasolina 17%, diesel 29% – Mato Grosso: gasolina 24% – diesel 15% – Piauí: gasolina 22%, diesel 15% – Maranhão: gasolina 20%, diesel 13%.

Os dados significam que as vendas no ano de 2012 cresceram 6,3% em relação a 2011 com a gasolina em primeiro com crescimento de 12,2% seguido pelo diesel que subiu 6,8% e com a queda do etanol em 10,4% (dados Petrobrás).

O aumento do consumo é significativo, principalmente na região nordeste que a população está trocando o jegue pela moto e a moto pelo carro usado. Sendo assim, o Sindicom não poderia continuar com a infraestrutura idealizada há 20 anos.

Com todo esse investimento, a categoria diz estar fazendo o “dever de casa” e pede estruturação por parte do poder público, pois a necessidade de importação aumentou muito e a infraestrutura dos portos é completamente deficitária e arcaica além de ser um dos mais caros do mundo.    Ainda segundo o Sindicom, se o navio atrasa um dia, quem fica prejudicado é quem está no final da fila que é o posto que nos abastecem.

A situação está tão crítica que o Sindicom nega que esteja havendo desabastecimento, “apenas uma falta pontual aqui e ali”, mas confirma que o Amapá teve um apagão de combustíveis este ano. Tudo isso para chegarmos ao tema de hoje que é a infraestrutura dos postos de combustíveis.

Diferentemente dos postos, principalmente do Sudeste que estão se tornando uma verdadeira central de apoio para os viajantes deixando de lado aquela imagem de ser apenas um posto de abastecimento, os estabelecimentos do norte e nordeste precisam de investimentos maciços a começar pela capacidade de armazenamento (tanques subterrâneos de maior capacidade) e estruturar melhor para atender àquele que está há mais de semana na boléia e necessita de um local adequado para descansar se alimentar e abastecer.

Até bem pouco tempo atrás, os postos faziam parte de uma lista como sendo de segurança nacional onde o governo militar definia tudo, desde o valor do litro a ser cobrado até o horário de funcionamento e somente os mais privilegiados é que conseguiam concessões para construir e, assim mesmo, em local pré-determinado por eles (militares) para evitar proximidade e concentração.

Da noite para o dia chegou a desregulamentação e a quantidade de postos triplicou forçando os proprietários à concorrência dos fornecedores e de si próprio, pois se o serviço oferecido pelo seu vizinho for melhor, a clientela naturalmente migrará para lá.

Na maior parte desse nosso imenso território, não presenciamos grande preocupação com a concorrência, pois a distância entre eles aumenta proporcionalmente à distância do Sul e Sudeste. Então para que melhorar se o concorrente mais próximo está a mais de 50, às vezes 100 km de distância? A média entre os postos fora do eixo Sul-Sudeste é de 35 km aproximadamente. Média! Em certas localidades essa distância chega a ser de quase 100 km. É disso que o Sindicom está, também, falando. A dificuldade de deslocamento pelas estradas precárias do país precisa ser melhorada e como consequência, a infraestrutura dos postos de combustíveis inclusive para poder atender a recente Lei do caminhoneiro.

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