Atualmente, alguns jornalistas estão empunhando bandeira a favor de temas complicados a respeito do serviço oferecido, alegando má qualidade, valor elevado e outros itens inerentes ao sistema em funcionamento.
A integração entre as diversas alternativas de transporte coletivo adotado hoje, não é de fácil solução como defendem algumas pessoas. Não é simplesmente chegar ao final do dia e dividir entre as partes aquilo que foi arrecadado.
É preciso levar em consideração o trajeto, tipo de veículo e muitos outros itens que deverão ser apreciados para que se faça a integração correta para que as partes não sejam prejudicadas.
Na cidade de São Paulo, por exemplo, foi criada uma câmara de compensação para a viabilização da integração Metrô x CPTM (Cia de Trens Metropolitanos) e ônibus.
De uma maneira simples e didática, o Benefício Fácil conseguiu demonstrar muito bem a sistemática do funcionamento do Bilhete Único instituído na cidade de São Paulo que reproduzo a seguir:
“No primeiro embarque, partindo do Metrô ou Trem, quando o usuário passar o Cartão Bilhete Único pelos validadores (instalados sobre os bloqueios das estações), serão debitados R$ 2,10. Em seguida, ao utilizar o ônibus, será descontada a diferença de R$ 0,90, complementando, assim, a Tarifa de Integração. O usuário terá direito ainda, no período de duas horas, contando do momento da primeira validação do Bilhete, a fazer mais dois embarques nos ônibus municipais sem custo adicional.
Para o usuário que utiliza inicialmente o Ônibus do Município de São Paulo, ao passar o Cartão Bilhete Único na catraca será descontado o valor de R$ 2,00. Em seguida, ao utilizar o Metrô ou Trem da CPTM, será debitada a diferença no valor de R$ 1,00.
Depois de usar uma vez o ônibus e também uma vez o Metrô ou Trem, o usuário continua com o direito de, sem pagar mais nada, embarcar outras duas vezes em ônibus, considerando sempre o período das duas horas a partir da primeira validação do Bilhete.
Sendo assim, vai ser possível, a partir de maio, fazer até quatro embarques no período de duas horas, sendo um no sistema sobre trilhos (Metrô ou Trem da CPTM) e três em ônibus, dentro da cidade de São Paulo” (Fonte – Benefício Fácil).
Vejam que é um tanto quanto complexo, mesmo tentando, num exercício mental de matemática, chegar a um a lógica de valores e tempo. Muitas horas foram gastas para se encontrar a fórmula desejável para satisfazer os interessados (entenda-se empresários Estado e Município) nesse complexo sistema chamado de integração.
Muito me admira que certas pessoas façam incursões nesse assunto sem a mínima noção da complexidade que a envolve, fazendo parecer a matemática mais simples e de fácil execução, inclusive, fazendo um mix de ônibus, vans e outras alternativas fazendo parecer que todos os meios são iguais em tamanho, despesa, consumo e muitos outros itens que fazem parte da planilha para a composição do custo/benefício para que nenhumas das partes sejam prejudicadas.
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