Não existe uma estatística exata sobre os acidentes que ocorrem, principalmente com idosos, por causa da má conservação ou inexistência de calçadas, mas o fato é que o índice desse tipo de ocorrência é alto.
É fato também que cada município tem legislação própria para estabelecer regras para construção e conservação do referido espaço. No dia 09/01/2012 entrou em vigor, em São Paulo, nova Lei para construção e conservação dos passeios. O que antes era de responsabilidade do proprietário do imóvel, agora passa a ser também do locatário e altera a largura mínima de 0,90m para 1,20m e ainda multas pelo não cumprimento dela. Naturalmente, essa medida será submetida a análise para as vias já existentes.
Há de se notar que em alguns bairros com ruas íngremes, é simplesmente impossível transitar pelo espaço reservado ao pedestre tamanho é a quantidade de degraus e o desnível entre eles (muitas vezes superando os 0,50m). Isso se torna mais comum em cidades antigas e sem planejamento onde simplesmente não existe espaço definido para quem anda a pé.
Trânsito inclui tudo que se movimenta num determinado espaço e local. Muito recentemente começou-se a dar maior ênfase ao pedestre, inclusive com campanhas e fechando o cerco com multas para coibir os abusos que acontecem em todas as localidades.
Na cidade de São Paulo, onde a fluidez está cada vez mais caótica, os técnicos da Companhia de Engenharia de Tráfego – CET tem feito algumas modificações na geometria para facilitar a travessia dos pedestres que por ali passam e que acabam beneficiando também o condutor. Modificações estas, de baixíssimo custo sem obra física de grande porte, somente com fixação de cones balizadores e pintura diferenciada conforme filmado e postado pelo meu amigo Barnabé técnico da referida CET, no link a seguir: http://www.youtube.com/watch?v=iQMtPIl5Jrk . Assistam e verão o resultado alcançado.
Como devem ter percebidos por alguns outros artigos meus, sou defensor das obras de baixo custo e grande impacto, substituição de semáforos por mini-rotatórias ou rotatórias, implantação de terminais que estabelecem conexão das linhas do transporte coletivo periférico com a central e muitas outras facilidades que fazem toda a diferença no dia a dia dos usuários, sejam pedestres ou condutores.
O ritmo de crescimento e a diversificação da estrutura urbana que estavam estagnadas até bem pouco tempo, voltou a passos largos e, principalmente os grandes centros precisam de muito planejamento e ações preventivas para suportar o que está por vir, isto é, a aglomeração com a consequente ocupação do solo e todas as ações desencadeadas por ela.
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