O Brasil terminou o ano de 2012 com uma frota total de 76.137.125 veículos automotores. Em 2001 havia aproximadamente 34,9 milhões de veículos. Houve, portanto, um incremento da ordem 28,5 milhões, ocorrendo, assim, um crescimento superior a 138,6% entre esses dez anos. Vale lembrar, que o crescimento populacional no Brasil, entre os dois últimos Censos demográficos (2000 e 2010), foi de 11,8%.
O número de automóveis passou de pouco mais de 24,5 milhões, em 2001, para 50,2 milhões, em 2012. Isso significa que a quantidade de automóveis exatamente dobrou, com um crescimento de104,5%. Em toda a séria histórica, merece destaque o aumento de 3,5 milhões de automóveis em 2012. Assim, a frota brasileira passa de aproximadamente 46,7 milhões para os 50,2 milhões já mencionados em apenas um ano. Neste caso, é importante destacar que, de todo o crescimento ocorrido nos últimos 10 anos (acréscimo de 24,2 milhões de autos), 14,6% ocorreram apenas em 2012. Esse crescimento elevado em 2012 também ocorre nas principais regiões metropolitanas.
Apesar do crescimento, os dados revelam que houve uma diminuição na participação dos automóveis no total de veículos. Mas essa queda se deve muito mais ao aumento no número de motos, que passam a ter maior presença na composição da frota.
Em 2001, as motos representavam 14,2% do total de veículos automotores. A partir desse ano, as motos foram o tipo de veículos que mais aumentaram sua participação. Ao final de 2012, já participavam com 26,2%. Essa maior participação é resultado do incremento de aproximadamente 15,4 milhões, o que corresponde a 339,5% de crescimento entre o início da série histórica trabalhada neste relatório (2001) e o final (2012).
Entre 2001 e 2012, portanto, a composição da frota de veículos automotores no Brasil se altera substancialmente, sobretudo em favor das motos. Que passam a ter um peso maior, como vimos. Este é um primeiro ponto a se destacar na dinâmica da evolução da frota de veículos automotores no Brasil. É preciso lembrar que a frota é composta ainda por outros tipos de veículos, que somados representam apenas 7,9% do total. No entanto, automóveis e motos são os veículos que compõem preponderantemente o tráfego urbano, constituindo, assim, o objeto de análise deste relatório, que visa oferecer elementos para que se compreender melhor as atuais condições de circulação nas cidades brasileiras.
Em todas as principais regiões metropolitanas ocorre aumento na participação de
automóveis e motos no conjunto da frota de veículos motorizados. Neste caso, acompanhando o desempenho nacional, destaca-se o aumento da participação das motos. Nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Manaus e Recife esse aumento foi mais elevado. Na primeira, por exemplo, a participação das motos na frota era de 8,1% em 2001 e passou para 19,2% em 2012. Em todas as 15 principais regiões metropolitanas verifica-se perda de participação dos automóveis entre 2001 e 2012. Essa diminuição, por sua vez, se deve muito ao elevado crescimento no número de motos. Há também importantes diferenças de composição da frota entre as regiões metropolitanas. Algumas se destacam pela presença muito mais elevada de motos em 2012. Trata-se dos casos de Fortaleza
(28,7%) Belém (27,7%); Goiânia (27,6%), Manaus (25%) e Recife (23,2%).
Embora o objetivo central deste estudo seja apresentar e descrever a evolução das frotas de
automóveis e motos nas principais regiões metropolitanas optou-se por apresentar brevemente um panorama da evolução da frota de automóveis nas Grandes Regiões do Brasil.
A característica a se destacar é o fato do crescimento ter ocorrido de maneira
bastante concentrada na Região Sudeste, apesar de ser a região com menor crescimento percentual (91,6%). Entre 2001 e 2002, 51,5% de todo o crescimento da frota de automóveis esteve concentrada no Sudeste. Nessa região, o número de automóveis passou de 14,4 milhões para 27,6 milhões.
Transcrito e compilado do estudo realizado pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia no período de 2001-2012.
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