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Jornal A Gazeta do Acre

A DIFÍCIL GESTÃO DO TRANSPORTE COLETIVO

Hoje dia 09/05/2015 é o dia: Da Europa, Nacional do Empregado Sindical, Da Santa Luminosa, De Santos “Máximo” (33 santos mártires), De São Gerônimo, De São Hermas, De São Pacômio,

O transporte coletivo informal dentro dos médios e grandes centros tornou-se um problema de nível nacional. Independente da localização, condição socioeconômicas ou tamanho das cidades, o poder público só está agindo quando acontece alguma tragédia ou quando a população se revolta contra as más condições e falta de segurança oferecidas por essa atividade clandestina.

Nos anos 90/2000, essa modalidade de transporte tornou-se insustentável na capital paulista tamanha quantidade de vans, kombi e ônibus que trabalhavam na informalidade. Isso gerou conflitos entre o poder público e as empresas que operavam o sistema legalmente. Diante da dificuldade em acabar com a clandestinidade que só aumentava, a prefeitura, à época administrada pela Marta Suplicy, conseguiu uma alternativa bastante inteligente e inovadora, embora tivesse causado certo desconforto com os operadores legais.

Os informais, na sua grande maioria, são formados por proprietários individuais oriundos do próprio sistema. Motoristas e cobradores demitidos ou aposentados e alguns desempregados que vislumbraram oportunidade nesse nicho.

A prefeitura convocou os informais e propôs a criação de cooperativas com algumas regras como a substituição das vans e kombi por micro ônibus e ônibus normais. Micro para trajetos curtos e os normais para trajetos mais longos. A motocicleta como moto táxi não foi aprovada pela prefeitura de São Paulo.

Aqui entra a Gestão propriamente dita. Ao formar cooperativas e passar a atuar legalmente, ela está dentro do sistema. Fazendo parte do sistema, automaticamente ela deverá participar da integração existente entre os vários operadores incluindo os sobre trilhos.

“A integração dos diversos sistemas de transporte público coletivo em uma cidade, incluindo o transporte alternativo, em muitos casos se tem dado mais pela boa vontade política dos diferentes atores que planejam, gerenciam e operam estes sistemas, que do próprio mérito do plano de ação a ser implementado. No entanto, vale a pena ressaltar que algumas experiências de integração têm sido positivas e outras têm fracassado por razões ainda questionáveis. Esse caso também tem acontecido com as cooperativas de transporte alternativo, pois umas estão em um processo de consolidação, outras estão em crise por falta de definição do poder concedente e outras simplesmente não conseguiram sobreviver nos processos de reestruturação e integração dos sistemas de transporte público coletivo que estão acontecendo em certas cidades brasileiras, como foi o caso da cidade de Goiânia.” (CBTU)

Na cidade de São Paulo com a gestão do então prefeito Haddad, na última licitação efetuada para atender às necessidades do transporte coletivo, as cooperativas não mais puderam participar. Teriam que transformar a cooperativa em empresas de ônibus para o transporte de passageiros em massa. Quem não fez a transformação, ficou de fora.

O Brasil necessita de reformulação nos projetos de implantação e melhoria, pois é carente na eficácia do transporte coletivo. Os países que sediaram a Copa do Mundo foram obrigados a reformular e realizar mudanças radicais nos seus meios de transporte.

Na copa do Brasil na grande maioria doas cidades que sediaram a copa pouco foi feito em termos de melhorias para a mobilidade urbana. Perderam a grande oportunidade de se modernizar e serem incluídos nas cidades citadas como cidade acessível.

O Brasil teve a oportunidade de estabelecer e consolidar novos processos para o planejamento na aplicação dos recursos e mudar o atual modelo de gestão usando tecnologias de ponta tornando as cidades mais eficientes e mais interessantes do ponto de vista da acessibilidade e mobilidade urbana. Só dependia da vontade política em colocar tudo isso em prática e preparar os gestores públicos para esse importante evento que poderia ter sido um marco na mudança em quase todos os setores do país.

As cidades estariam mais acessíveis e consequentemente muito mais modernas do ponto de vista da mobilidade urbana. Assunto tão discutido e em pauta em quase todas as reuniões, congressos…. do setor.

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