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Jornal A Gazeta do Acre

A CHUVA E AS CONSEQUENCIAS

Hoje dia 01/11/2014, é o Dia de Todos os Santos e Dia de São Benigno.

O verão é indicativo de muita chuva na maior parte do território nacional.  Não se trata desse verão de 2014 que estamos amargando uma das maiores secas dos últimos tempos, mais precisamente no sudeste onde São Pedro não costuma dar trégua. Isso significa muitos aborrecimentos, seja na cidade ou no campo. Nesses dias chuvosos, é recomendável que se tome algumas precauções para evitar que as consequências dessa grande precipitação de água (como ex: transbordamento dos córregos), se torne um pesadelo para quem vive à beira de rios, córregos ou mesmo em locais com topografia irregular onde pode haver acúmulo de água por causa da drenagem insuficiente.

Tudo isso reflete diretamente no trânsito das cidades seja ela pequena, média ou grande dependendo da sua localização. Não é diferente com o transporte coletivo urbano. Trânsito ruim é sinônimo de ônibus atrasado ou até mesmo a inexistência dele dependendo do caso e da cidade. Uma região afetada com ruas alagadas que impedem a passagem dos veículos já é o bastante para que o resto da cidade “pare” refletindo diretamente no fluxo dos coletivos. Como se não bastasse esse transtorno, existem outros fatores que contribuem para que o transporte fique ainda mais caótico nos dias de chuva.

Aqueles que normalmente se deslocariam de ônibus, saem de casa com seu carro contribuindo para aumentar o congestionamento e os que fariam o percurso a pé, de bicicleta ou de motocicleta o fazem com ônibus superlotando-os dando a nítida impressão de que a empresa, seja ela concessionária ou do poder público, diminuiu o número de carros justamente no dia de chuva. O que não é verdadeiro. Finais de semana e feriado a quantidade de ônibus é menor e o intervalo entre eles é maior, estipulado em contrato e acordado entre as partes (poder público x concessionários x entidades de classes).

A chuva, dependendo da intensidade, causa grandes danos à sociedade seja ela em forma de desmoronamento, enchente ou de trânsito congestionado afetando diretamente aqueles que dependem do transporte coletivo para se deslocar ao trabalho ou de volta para casa. Existem vária ações na justiça reivindicando ressarcimento (do poder público ou das empresas concessionárias) dos dias que o trabalhador sofreu desconto por motivo de falta ou atraso ao trabalho por causa da enchente que impossibilitou o tráfego dos ônibus fazendo com que o trabalhador não chegasse a tempo ou literalmente não chegasse até o local de seu trabalho.

Numa cidade como Brasília – DF, não existia o problema de enchentes como aconteceu na temporada de 2012. Concentradas basicamente na asa norte da cidade.

O transporte coletivo do DF é sabidamente precário mesmo em dias normais que dirá nos finais de semana. Somado a essa precariedade, tem as enchentes em vários locais impedindo a passagem até de veículos de grande porte. Isso está fazendo com que a clandestinidade se prolifere numa velocidade alucinante. Não se trata de vans, peruas Kombi ou similares. Carros de passeio (quatro lugares) estão fazendo lotação para todo o entorno de Brasília, inclusive transpondo divisas para as cidades do Estado de Goiás sem serem importunados já que um carro de passeio não chama atenção quando para nos pontos destinados aos ônibus.

Caso sejam abordados, têm até a colaboração dos usuários que alegam estar pegando carona com o amigo. Por curiosidade, fiquei num ponto da BR 040ou DF003 ou ainda Épia como é conhecida (é chamada de DF003 ou Épia por ser o trecho que corta o DF) no sentido São Paulo por uma hora aproximadamente. É assustador o mau estado dos coletivos, o tempo de espera e a superlotação sem falar dos veículos de passeio que passam gritando o nome do destino.

Agora com a construção do corredor exclusivo para ônibus nesse trecho que cobre desde a asa norte até a asa Sul chegando ao estado de Goiás nas cidades que fazem divisa como Val Paraíso de Goiás, Novo Gama, Cidade Ocidental e outras que estão no entorno, e com outros corredores já implantados nas principais vias do DF, as dificuldades para o usuário deverão ser amenizadas.

É o que esperam os usuários que se deslocam dessas cidades limítrofes para o DF para trabalhar. Esperam que as condições melhorem e o tempo de viagem seja menor.

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