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Jornal A Gazeta do Acre

FALAR AO CELULAR DIRIGINDO

Hoje, dia 21/06/2014, é o Dia do Intelectual, Dia Nacional do Combate à Asma,  Dia da Juventude Católica, Início do Inverno no Hemisfério Sul (às 7:51 horário de Brasília), Início do Verão no Hemisfério Norte, Dia do Profissional da Mídia, Dia do Imigrante, Dia Nacional de Luta pela Educação não Sexista (comumente como sinônimo de machismo).

Existe alguma recomendação eficaz com relação ao uso do telefone celular ao assumir o volante de um veículo? Sim.

Seria a de desligar o aparelho ou ao menos deixa-lo no silencioso para que, ao parar de conduzir seu automóvel, poder retornar as ligações não atendidas no período em que esteve ocupado ou mesmo ler as mensagens de texto.

Cientificamente, quando se está guiando um veículo, entre 90% e 95% das informações necessárias para a atividade e administrar todos os comandos e riscos, estão relacionados à visão. No início de 2012, o jornal britânico “Daily Mail” e muitas outras agências de notícias internacionais, alardearam o caso da inglesa Philipa Curtis de 21 anos que foi condenada a 21 meses de prisão por ter provocado um acidente grave em que faleceu Vitoria McBryde de 24 anos. A polícia inglesa ao “abrir” o celular de Philipa (a que provocou o acidente), verificou que ela havia enviado 20 torpedos antes de bater seu carro na traseira do veículo da vítima.

Na Inglaterra vigora uma lei desde dezembro de 2007 que usar o celular ao volante pode resultar em prisão. As leis por lá eram semelhantes às brasileiras e as autoridades especialistas no assunto, perceberam que as punições eram brandas e insuficientes para desencorajar o uso do tal aparelho de comunicação ao volante com o veículo em movimento.

Atualmente, quem insistir na prática, pode ser condenado, no mínimo, a dois anos de cadeia. Também regulamenta que a promotoria pode condenar os desobedientes por homicídio culposo e, ainda, aplicar a pena máxima prevista naquele país que é a prisão perpétua, caso haja confirmação de que o veículo foi usado como arma.

Os inconvenientes sociais causados pelo uso do aparelho em questão no trânsito das cidades, seja ela grande metrópole ou não e nas rodovias, são alarmantes e preocupantes para as autoridades do mundo todo devido ao perigo que ela representa. No nosso Brasil, a multa é de R$ 85 e quatro pontos na carteira de habilitação conforme descritas no Código de Transito Brasileiro (CTB), classificado como infração média o ato de dirigir com uma só mão ou falando ao celular. Os fones de ouvido e viva-voz também são proibidos, embora este último seja difícil de ser detectado.

O tempo de resposta a algum evento na pista de rolamento é muito mais lento quando o indivíduo está falando ao telefone. Não presta atenção no que ocorre ao seu redor, não olha para o retrovisor, erra a trajetória da via, ultrapassa ou reduz drasticamente a velocidade compatível com o tráfego daquele local provocando aborrecimento aos outros e também não presta a devida atenção às sinalizações existentes. A combinação de todos os desvios citados anteriormente acaba em um acidente de grandes proporções. Volto a falar na atitude e comportamento dos motoristas. Só com a mudança de atitude combinada com leis mais severas mudará o quadro que se instalou no mundo todo com relação ao uso do aparelho de comunicação móvel.

Para que ocorra uma mudança de comportamento, é necessária maior fiscalização e leis mais rigorosas aliadas com educação contínua para o trânsito, principalmente nos grandes centros para haja mudança de hábito coletivo (social). No âmbito individual é mais lento e é preciso uma educação mais direta, pois se trata de uma mudança cultural para que essa ansiedade de estar antenado com os acontecimentos em tempo real não se sobreponha à sua segurança e a de terceiros. Você é o grande diferencial para a mudança de hábito. Reflita e reveja como é a sua atitude perante determinadas situações do dia a dia no trânsito.

Já passei por situações complicadas e perigosas justamente por estar lendo mensagem de texto e tentando responde-la. Realmente desvia, quase ou totalmente, a atenção na via e o seu entorno. Embora sendo também proibido, o uso do fone de ouvido também diminui o déficit de atenção. Portanto, o ideal seria deixa-lo no silencioso para, depois de chegar ao destino, retornar as ligações, se for o caso. Mas não é isso que ocorre no dia a dia e acidentes por esse motivo são muitos, embora ninguém admita. Portanto, tomemos cuidado principalmente nas rodovias onde os acidentes, na sua grande maioria, tornam-se de grande proporções.

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