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Jornal A Gazeta do Acre

BENEFÍCIO DAS MINI ROTATÓRIAS

Hoje 22/02/2014, é o Dia do Senado e também Dia de Cátedra de São Pedro, Apóstolo.

Existe uma polêmica muito grande com relação à colocação de semáforos em determinados locais e como consequência a sincronização delas.

Essa dita sincronização não é uma tarefa simples de ser implantada como a maioria dos usuários imagina que seja. São necessários equipamentos modernos que permitam a interligação de todos os semáforos de uma mesma via, com um só controlador ou que, pelo menos, “conversem” entre eles para que a tão alardeada “onda verde” funcione.

De nada adianta investir em equipamentos modernos, montagem de dispendioso Centro de Controle Operacional (o tão famoso CCO), monitoramento por câmeras via cabo de fibra ótica ou frequência usada pelo telefone celular etc. se não houver, por trás disso tudo, uma grande estrutura de EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO e usá-la para tal fim e também ser integrada ao órgão de segurança local.

Caso seja determinado que a velocidade da via com a “onda verde” seja de 50 km/h e alguns usuários andem a 30, 40 km/h atrapalhando quem deseja usufruir o instituído ali, todo investimento e esforço do órgão responsável foram em vão, porque o congestionamento vai continuar ou até piorar caso a EDUCAÇÃO não estiver funcionando a contento.

Usei a palavra polêmica no início do texto. Polêmico porque o mundo está estudando a melhor forma de eliminar o semáforo em determinados locais para melhorar a fluidez enquanto que aqui no nosso país, o estudo é feito para colocar semáforos. Pura falta de informação.

Entre várias alternativas, a mini rotatória seria uma grande solução para manter o fluxo em movimento contínuo minimizando o tempo, combustível e poluição.

A mini rotatória foi adaptada para a realidade da cidade de São Paulo por um técnico em trânsito da Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo – CET-SP em dezembro de 1979, meu amigo Antonio Sérgio Barnabé conhecido simplesmente como Barnabé. Com muita luta e ajuda de superiores que compraram a sua idéia, conseguiu colocar em prática sua “adaptação” que hoje é largamente utilizada em todo o Brasil. Eu disse com muita luta? Sim. É isso mesmo. Opositores não faltaram e não faltam até nos dias de hoje. Aqueles que não saem da sala com ar refrigerado para ver o que acontece nas ruas, mas se consideram “deus” na matéria (minúsculo, pois esse deus não é o nosso Deus), mas não sabem absolutamente nada do dia a dia dos condutores e pedestres e insistem em colocar semáforos para piorar a vida dos usuários. Esses são aqueles que estão com o “osso na boca” há mais de 30 anos e não querem largá-lo por nada nesse mundo e se sentem ameaçados por qualquer pessoa que queira inovar.

Deixo o link http://www.youtube.com/watch?v=PGeDCQczjoI onde o Barnabé postou um pequeno filme mostrando os benefícios da mini rotatória.

A cidade de Rio Branco-AC também está de parabéns, pois tem instaladas muitas rotatórias, mas ainda carece de muitos estudos onde, com certeza absoluta, caberiam muitas mini rotatórias eliminando semáforos e melhorando a fluidez das vias.

Não é comum encontrarmos mini rotatórias pelas cidades do Brasil pelo simples fato de que as que estão em crescimento ainda têm condições de instalar uma rotatória normal sem que, para isso, seja necessário recorrer às dispendiosas desapropriações e com uma vantagem, as rotatórias normais comportam o ângulo necessário para que um coletivo possa contorná-la sem nenhuma manobra ou passar por cima de parte dela.

Elas são mais usadas e adaptadas, conforme a necessidade, nos grandes centros como a cidade de São Paulo, assim mesmo, se possível, fora das rotas do transporte coletivo. Em alguns entroncamentos, optou-se pela instalação da mini rotatória por ser desnecessário um semáforo, conforme estudos pré efetuados. Nesses casos, o coletivo ao fazer o contorno, necessariamente passa por cima de parte dos tachões que delimitam a mini rotatória.

Nas cidades onde originalmente existem rotatórias como as cidades de Rio Branco-AC, Brasília-DF, Florianópolis-SC entre outros, instala-se uma rotatória sem nenhum susto. Numa cidade como São Paulo onde não existia rotatórias e por consequência não existia a tradição dos usos e costumes, é um perigo quando se instala uma pelo fato de que a população desconhece a legislação e acha que a via preferencial em que ele está transitando continua dentro das rotatórias. Falta muito investimento em Educação para o Trânsito.

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