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Jornal A Gazeta do Acre

MINHA BIKE MINHA VIDA

31/08/2013 é o Dia do Nutricionista. Parabéns a todos os nutricionistas que hoje fazem parte do dia a dia de muitas pessoas que precisam ter seu hábito nutricional readequado para melhor desfrutar da sua vida pessoal e profissional.

Como citei na coluna da semana passada, discutir sobre mobilidade urbana é estar atualizado e politicamente correto, seja ela controversa ou não. Virou “moda” a dita mobilidade.

Já que é um tema tão atual, vamos falar de um modal, também na “moda”, que é o assunto preferido dos defensores do verde e meio ambiente que é a bicicleta. Vamos incluir a bicicleta elétrica nessa discussão. Porque não?

Muito recentemente, foi notícia dos jornais televisivos, a infestação das bicicletas elétricas em algumas das principais capitais do mundo, principalmente de Nova Iorque onde os usuários desse tipo de transporte não são muito disciplinados andando pela contra mão e por cima dos passeios (calçadas) entre outras infrações que foi comparada aos motofretistas (motoboys) e mototaxistas do Brasil.

Os motofretistas são em grande número na cidade de São Paulo, mas não cometem infrações como transitar na contra mão. Já os mototaxistas não são autorizados na capital paulista, diferentemente de outras localidades do país onde esse tipo de transporte é largamente utilizado pela sua rapidez e valor da corrida, embora muitos deixem a desejar no quesito segurança e higiene (capacetes) e estado de conservação do veículo.

As bicicletas elétricas seriam uma das alternativas para as cidades com topografia favorável e com congestionamentos uma vez que ela atinge uma velocidade máxima de 50 km/h e média de 20 km/h conseguindo sair da inércia com certa razoabilidade sem atrapalhar muito o fluxo dos automóveis.

Para polemizar e deixar o assunto mais dinâmico farei alguns comentários que seriam interessantes para a população e também para o poder público.

O Metrô de Salvador-BA, já sorveu dos cofres públicos, um bilhão de reais e ainda não saiu do lugar embora tenha trilhos enferrujados com o tempo e até trens novinhos comprados e estragando expostos às intempéries da natureza. Não há previsão de percorrer e tirar a ferrugem dos trilhos tão cedo, ainda mais que está entre os escândalos denunciados pela alemã SIEMENS e que consumirá, aproximadamente, mais três bilhões para coloca-lo em circulação.

Tendo como referência os gastos previstos no Metrô de Salvador, bastava o governo federal lançar outro programa intitulado “minha bike, minha vida” doando cerca de 350 mil bicicletas elétricas ou com financiamento a perder de vista ao invés de gastar mais de três bilhões de reais num Metrô com míseros 22 km de extensão e capacidade de transportar, também míseros, quatrocentos mil passageiros dia.

Essa discussão vai muito além de diminuir a quantidade de carros na rua, por exemplo. Ela abrange um leque muito maior de problemas recorrentes nas grandes metrópoles, não só do Brasil, como do mundo inteiro. É poder deixar o carro na garagem e se locomover confortavelmente no seu dia a dia com a utilização do transporte coletivo de qualidade e eficiência. Isso inclui poder chegar ao seu compromisso na hora certa com a utilização do coletivo sem se preocupar com congestionamentos e poder planejar a sua vida sem medo de ficar preso em algum local por causa do trânsito intenso.

Está embutida também a qualidade de vida, manutenção e conservação do meio ambiente uma vez que os automóveis são responsáveis por 40% da poluição dos grandes centros.

Naturalmente que congestionamentos e acidentes não vão diminuir drasticamente de uma hora para outra. Dada a baixa velocidade alcançada pelas bicicletas elétricas, os danos, proporcionalmente, seriam menores. Para completar mais esse programa, o governo deveria instalar postos de reabastecimento em vários locais da cidade controlados por cartões pré-pagos ou gratuitos já que esses veículos têm autonomia de no máximo 60/70 km, conforme a topografia e maneira de usá-lo.

Alguns estudos devem ser efetuados antes de implantar ciclovias ou ciclofaixas, pois em determinadas localidades não é possível adotar esse tipo de medida por diferentes motivos, como topografia, aglomeração demasiada, entre outros.

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