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Jornal A Gazeta do Acre

EVOLUÇÃO DO TRANSPORTE COLETIVO URBANO

08/06 é dia do Imaculado Coração de Maria (Católica), Citricultor e Dia Mundial dos Oceanos.

O transporte público coletivo urbano vem sofrendo transições após um período de crises contínuas. Por todo nosso país, podemos verificar que são inúmeras as iniciativas em busca da recuperação do tempo perdido visando operação de sistemas mais eficientes e condizentes com a nova realidade brasileira. Isso tudo com a força da superação baseado no desenvolvimento econômico, ambiental e social sustentável.

Salta aos olhos que esse desafio é claramente notado pelas consequências das políticas públicas que estão privilegiando o transporte individual com facilidades de crédito baseado no “maquiado” aumento do poder aquisitivo. “Esperamos que não, mas essa bolha poderá estourar a qualquer momento trazendo consequências trágicas”. Chega a ser um contrassenso o poder público incentivar o uso do transporte coletivo e ao mesmo tempo instigar a aquisição do individual com a redução de impostos somente para privilegiar as montadoras de automóveis.

Entendo que não é somente privilégio e sim para manter a economia e emprego aquecidos, mas não deixa de ser um disparate.

Flagrante é o declínio na demanda do transporte público sobre pneus que de 1995 a 2004 teve redução de aproximadamente 35% de usuários. Só na cidade de São Paulo, a SPTrans divulgou, pela primeira vez, que o transporte coletivo efetuado por ônibus teve redução de 25 milhões de passageiros em 2012.

As conjunturas política e econômica do país têm contribuído para a estabilização e existe uma clara tendência de manutenção dos níveis atuais de demanda. A implantação e expansão dos corredores exclusivos para o transporte coletivo sobre pneus nos grandes centros brasileiros é um dos fatores principais para não deixar que os níveis atuais de demanda caia.

A gestão do negócio como venho enfatizando em minhas colunas, é o segredo para que o declínio não avance nesse setor. O progresso alcançado na relação entre o poder público, empresários e entidades de classe é louvável. Verificamos claramente que nos grandes centros o setor empresarial tem sido pró-ativo ao estabelecer parcerias com órgão gestores além da adoção de práticas modernas de gestão de negócios que tem gerado um ganho enorme no aumento da eficiência operacional e administrativa de empresas que se propuseram a implantar sistemas de elevado nível de sofisticação e profissionalismo.

Para a mobilidade urbana, esse momento de transição é de extrema importância, pois estamos diante de modernização antes inimagináveis e podemos dizer que as perspectivas de futuro são muito boas. Muito boas porque há uma tendência positiva para os diversos setores com o desafio de continuar trabalhando seriamente para que se alcance os melhores níveis de acessibilidade urbana para toda a sociedade.

Nas últimas décadas o setor em pauta vem passando por uma grande mudança estrutural e está exigindo uma profunda reorganização e nova postura do empresariado ligado a ele.

Essas mudanças atingiram o setor do país todo e refletiram nos diversos segmentos econômicos. O fim do período inflacionário e consequente implantação do Plano Real exigiram de todas as empresas uma readequação e reformulação da sua gestão financeira e também dos estoques e todas as atividades afins.

“Outro fato importante foi a consolidação do Ministério Público como quarto poder, na medida em que surgiram novas variáveis de risco para os negócios em geral e, principalmente, para os servidores de serviços públicos”. (Marcos Bicalho dos Santos)

O reflexo de todas essas mudanças recaiu diretamente sobre os serviços de transporte coletivo urbano onde assistimos vários acontecimentos no tocante a reformulação e forma de gerir o sistema como um todo. Nesse período verificamos diversos acontecimentos que mudaram as empresas levando-as ao extremo para se adequar à nova realidade.

Quase na totalidade, o setor é de origem familiar e estão experimentando, agora, a chegada da terceira geração, com forte formação acadêmica e com um intenso processo de profissionalização voltado ao financeiro e, principalmente, à gestão de negócios e diversificação da atividade que é fundamental para a sobrevivência, proteção e captação de recursos tendo em vista a crise que o setor enfrentou no passado e também como prevenção às oscilações econômicas do mundo moderno.

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